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sexta-feira, janeiro 31, 2014

Entrelaçado à Alma.



Importante dizer que ama, mas só é permitido se pretende nunca deixar partir. Ele amava. Amava coisas não muito bonitas, histórias de guerras, guitarristas descabelados e jogos de futebol. Entretanto amava coisas de encher os olhos e ir penetrando na alma. Amava adquirir diferentes conhecimentos, amava cachorros, amava a sonoridade de uma música que vai além dos ouvidos. Entre as coisas mais bonitas que ele amava estava o amor. Para ele, o amor apareceu assim, em uma forma mais desajeitada, com dificuldade de atravessar a rua e conversar sem dar pane total. Apareceu assim, tropeçando nos próprios sapatos, assistindo filmes de desenho animado, queimando as maçãs do amor. Apareceu com um sorriso bobo que faz cócegas na garganta, nem que seja para rir da sua cara de tola. Apareceu incorporando uma pose segura ao calçar um par de saltos. Ela era desastrada, desorientada e pirracenta. Porém também era engraçada, artista e bom... autêntica. Eram opostos que de tão contrários acabavam iguais. Temperamentos fortes, explosivos, orgulhosos. Perfeitos um para o outro. Se eu não te amasse tanto assim, já teria te deixado fechar a porta. 

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