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terça-feira, abril 16, 2013

O saquinho de sonhos.

 
Abra a mão, lhe disseram dia desses. De um saquinho amassado derramaram uma porção de sonhos. Repetiu incansavelmente, das mais diversas maneiras, que não podia sonhar. A entregaram a utopia e partiram. Em um ano ela tinha o poder de mudar o mundo, de mudar a história, poderia levar todos aqueles indivíduos insignificantes em contradição ou podia mudar a direção dos ventos. Segurava o coração com a palma da mão, tão jovem, já não tão inocente, mas alcançando o destino com a respiração. Fecha os olhos, avista o tão próximo futuro. As pálpebras descolam e o medo domina todo seu estado de espírito. Imagine se errar nos passos mais próximos? Cada segundo desde então define o resto da vida. Dos amores lhe resta o mais puro. Pegou a bicicleta e pedalou pela estrada. O vento dançava com os cachos no cabelo, a alma brincava de ciranda com a vida. Ela desenhava, escrevia, pintava, discutia, cozinhava, tinha mais ideias que a cabeça era capaz de suportar, ela sonhava. Em meio aos dedos, uma mão entrelaçada. Ele era tudo e nada. Era aquele tipo de personagem que aparece na história e define aqueles espacinhos incompletos. Briga, irrita, e logo logo arranca aqueles sorrisos bobos conquistando a plateia. Ela sem ele é utópica; com é real. Dançavam na chuva esperando os beijos surpreendentes. Sorriam correndo ao se sujarem de chocolate. Ele era a parte mais importante daquele saquinho com sonhos. Tranque a porta então antes que alguém diga adeus, corre que o pão de queijo já tá saindo do forno. Anoiteceu, fechou a mão. A história continuou, mas dizem por ai que, com aquele rapaz da barba meio mal feita, a garota dos olhos sonhadores reaprendeu a sorrir.

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