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segunda-feira, agosto 08, 2011

Nada muito diferente de amor.


Vento nos cabelos, tarde pacata. Esbarrara no vizinho da casa da frente. Sorriso sem graça vindo de ambas as partes. A história dos dois não acabou da maneira como imaginavam. Da janela no outro lado da rua, ela o via as vezes, seguindo com a vida, deixando o vento seguir sua direção. E ela continuava ali, com a mesma xícara de café de sempre, o mesmo corte de cabelo de sempre, os mesmo pensamentos de sempre. 
Levara o cachorro para passear nessa manhã, esbarraram-se novamente. Começaram a conversar. A conversa durou horas. Os olhares pareciam ter sido congelados. Ainda existia amor. Amor que por um motivo que não lembravam-se mais, não podia acontecer. O problema é que o amor acontece mesmo que você queira impedi-lo. Talvez você não esteja ao lado da pessoa, mas o amor esta. Ai acabaram todos seus planos de esquecerem-se.
Aquela história de nós, parecia mais agradável do que aquela onde ela era apenas e somente ela e ele era apenas 3 letras que algum dia fora tudo.
Meu coração disparava com os olhos fechados. Pensava se talvez a sua vida deveria unir-se a minha. Naquele momento você atravessou a rua, jogou uma pedra na minha janela. E nós, rindo daquela cena à la Romeu e Julieta, daquele amor confuso, acabamos deitando no jardim e como nos velhos tempos, você abraçava-me para espantar o frio e eu lhe perguntava o que houve com a gente. Você respondia-me o sei lá mais lindo do mundo. E completava com um: Só sei que nada é tão bom quanto estar ao seu lado. 
E assim a gente se acertava mais uma vez, mesmo sem saber o que espera-nos no futuro. Só sabíamos que hoje era amor, amor que não podia ser contido.

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