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segunda-feira, julho 26, 2010

Tempos que não voltarão.


Atrasada, ela chegou correndo. O relógio da igreja batiam 10 horas. Naquela noite fria e parada ela estava. Sua respiração ofegante refletia sua alma perturbada. Seu amor havia por fim partido. Debaixo do sereno da noite, pela rua daquele vilarejo mau iluminado ela só podia montar em seu cavalo e voltar para sua fazendinha que se perdia em meio ao sertão. Aquele tempo longe da cidade a fez bem. Sua memória lembra de como o sorriso dificilmente arrancado dos lábios de seu amado a fez bem. Mas ela precisa continuar sua vida. Ao olhar pro céu a lua parece mais próxima da Terra, as estrelas parecem poderem ser tocadas e seu coração parece parar de bater. E no alto da colina ela não esta mais sozinha. O som da cachoeira a tranquiliza, e como nunca ela se sente parte de algo. E quem diria que a menina da cidade poderia pertencer ao sertão.

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