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segunda-feira, maio 31, 2010

mergulhar.

Dei um último suspiro e senti meus pés desencostando do chão, me vi em queda livre por alguns instantes, algo gelado tocou em mim e me envolveu, visualizei meu cabelo sobre meu rosto, bolhas saiam lentamente da minha boca, enxerguei algumas pedras e pequenas piabas, aos poucos me esqueci do mundo na superfície, uma sensação incrível de liberdade encheu minha alma, o medo de me afogar sumiu, eu estava mergulhando, até que o fôlego acabou e eu tive que retornar ao mundo dos tediosos humanos.

Já vi.

Já vi pessoas sofrendo por amor,
Já vi crianças tendo suas infâncias roubadas,
Já vi jovens acabarem com suas vidas por incompetência,
Já vi alguém chorar por saudade,
Já vi corações serem despedaçados,
Já vi almas serem destruídas,
Já vi inocentes sofrerem,
Já vi a solidão invadir mentes,
Já vi pessoas fingirem sorrisos,
Já vi anjos virarem poeira,
Já vi que estamos próximos do fim do mundo se todos resolvermos esperar que o mesmo chegue.

Me irrita.


Me irrita ver pessoas destruindo suas vidas, me irrita ouvir que não sou capaz, me irrita não me deixarem ser eu mesma, me irrita não ter coca-cola no barzinho, me irrita ter que me encaixar, me irrita fazerem julgamentos antes de conhecerem , mas algumas coisas me irritam de verdade como viver em um mundo tão fútil no qual ligar a televisão virou sinônimo de ver noticias de guerra na Ásia, garotos morrendo na África e a destruição das florestas da América.
Já me perguntei milhões de vezes sobre como será o planeta quando eu for velha, e sinceramente não quero acreditar nas previsões que algum cientista metidinho que não acredita em nós, jovens de hoje e futuro de amanhã, que nós podemos desfazer toda a merda que os adultos de hoje que acham que sabem o que é melhor para nós fizeram. Não quero acreditar que contarei para meus netos sobre o córrego que corria pela fazenda do meu pai, de como, quando criança, me diverti com meus primos correndo em meio as árvores, de como é sentir uma brisa leve e pura tocar o rosto e então correr atraz das vacas que ficavam nos pastos.
Eu vou contar para eles é de como os adultos com toda essa destruição de civilações "inimigas" conseguiram me mostrar que eu não quero viver em meio a essa confusão, e que por acreditar em nós, nós mudamos o futuro do mundo.
E bem que eu queria mais pessoas pensando como eu. Infelizmente existem jovens que foram criados com a idéia de que tudo que lhes traga dinheiro é bom, mas nem por isso eu deixarei de acreditar em um futuro melhor. Afinal acreditar é a maior ferramenta que se pode ter quando se quer mudar e melhorar algo.

Olhar. :/



Olhar o mundo e ver tudo completamente diferente. Esse é meu pensamento.
Saber que não sou como os outros, sou unica e um ser próprio.
Ver na simplicidade tudo que preciso.
Chegar na janela e ver o céu se pintando de rosa no fim de tarde e fotografar aquele momento mágico que me traz uma sensação vivaz.
Olhar para as formigas escalando as flores e ver uma esperança pedida por lá.
E os olhos transmitem sensações tão gigantescas que as pessoas, ignorantes como tais, não as percebem.
Meus olhos não são azuis, verdes ou misturados. Tenho olhos cor de terra, cor de mundo, cor de imensidão. Alguns housam falar que são cor de mel, mas não, são cor de luz, cor do sol que vejo todas as manhãs.
E numa madrugada qualquer me recordo, do leite frio sobre o armário, da televisão ligada com o som bem baixo e eu sentada na cama meio as cobertas a olhar pela janela.
Naqueles poucos minutos imóvel, percebi que o mundo gira sem me pedir permissão, que tudo muda sem que eu faça parte daquele momento. Que nada precisa de mim para acontecer. E ali, pensei comigo mesma, que faria a diferença em meio aquele silêncio de luzes amarelas nos postes das ruas, que não precisava de mim, mas gritava pela minha presença. Que eu acreditaria em tudo que eu pensasse, que ninguém tomaria aquilo de mim e principalmente que alguém ainda iria me agradecer por acreditar no mundo.
E ao ver aqueles próximos desistindo da vida, eu só penso que eu farei diferente e viverei a todos os momentos com um sorriso estampado por ainda estar respirando. E quando a vida me exigir lágrimas, eu a ignorarei se as mesmas não forem de alegria, quando eu quiser morrer, eu irei erguer a cabeça e me obrigar a voltar a amar a vida, pois por pior que tudo esteja, é aqui que eu tenho que deixar minha marca.

personalidade.


Se revoltar com a normalidade é mostrar algum tipo de personalidade.
Não curto me misturar,
Tenho um sentimento bom ao chegar a algum lugar e as pessoas me notarem.
Aprendi a ser eu mesma e não me magoar.
E tudo que eu faço, faço por mim
E meu bem estar é necessário,
Para que eu possa fazer os outros verem a beleza da vida.
E ele me prometeu um nascer do sol juntos,
E eu cobrarei, apenas porque eu o amarei.
Porque aqueles malditos olhos me enfeitiçam,
Se os mesmos já viram de tudo no mundo?
Acho que é exatamente por isso.
Ele já passou por mais coisas que eu,
Mas nós somos completamente opostos.
Como ainda estamos juntos?
Opostos se atraem.
E talvez não sejamos tão diferentes assim,
Afinal cada um tem seu mundo, mas no final todos estamos no mesmo mundo.

quinta-feira, maio 06, 2010

.


Vejo em você um garoto que sabe de tudo e ainda assim não sabe de nada. Me impressiono com a maneira que você faz parecer que o mundo parou só porque você sorriu. Apesar de nos seus lábios estarem palavras de certeza, vejo nos seus olhos o medo de viver. E com tudo isso eu só quero mais segundos imortalizados, só quero olhar nos seus olhos esverdeados e só quero descobrir de que você tanto tem medo.

Você.


Me arranca o fôlego. Rouba meus pensamentos. Me sinto indefesa, por isso me armo. Tento resistir, não consigo. Você é meu pior veneno. E são dos venenos mortíferos que eu gosto, por isso insisto em você.